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state_management.md

File metadata and controls

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Simple State Manager

Há atualmente vários gerenciadores de estados para o Flutter. Porém, a maioria deles envolve usar ChangeNotifier para atualizar os widgets e isso é uma abordagem muito ruim no quesito performance em aplicações de médio ou grande porte. Você pode checar na documentação oficial do Flutter que o ChangeNotifier deveria ser usado com um ou no máximo dois listeners, fazendo-o praticamente inutilizável em qualquer aplicação média ou grande.

Outros gerenciadores de estado são bons, mas tem suas nuances.

  • BLoC é bem seguro e eficiente, mas é muito complexo (especialmente para iniciantes), o que impediu pessoas de desenvolverem com Flutter.
  • MobX é mais fácil que o BLoc e é reativo, quase perfeito eu diria, mas você precisa usar um code generator que, para aplicações de grande porte, reduz a produtividade (você terá que beber vários cafés até que seu código esteja pronto denovo depois de um flutter clean, o que não é culpa do MobX, na verdade o code generator que é muito lento!).
  • Provider usa o InheritedWidget para entregar o mesmo listener, como uma forma de solucionar o problema reportado acima com o ChangeNotifier, o que indica que qualquer acesso ao ChangeNotifier dele tem que ser dentro da árvore de widgets por causa do context necessário para acessar o Inherited.

Get não é melhor ou pior que nenhum gerenciador de estado, mas você deveria analisar esses pontos tanto quanto os argumentos abaixo para escolher entre usar Get na sua forma pura, ou usando-o em conjunto com outro gerenciador de estado.

Definitivamente, Get não é o inimigo de nenhum gerenciador, porque Get é um microframework, não apenas um gerenciador, e pode ser usado tanto sozinho quanto em conjunto com eles.

Get tem um gerenciador de estado que é extremamente leve e fácil que não usa ChangeNotifier, vai atender a necessidade especialmente daqueles novos no Flutter, e não vai causar problemas em aplicações de grande porte.

Que melhoras na performance o Get traz?

  1. Atualiza somente o widget necessário.

  2. Não usa o ChangeNotifier, é o gerenciador de estado que utiliza menos memória (próximo de 0mb até agora).

  3. Esqueça StatefulWidget's! Com Get você nunca mais vai precisar deles. Com outros gerenciadores de estado, você provavelmente precisa usar um StatefulWidget para pegar a instância do seu Provider, BLoc, MobX controller, etc. Mas já parou para pensar que seu AppBar, seu Scaffold e a maioria dos widgets que estão na sua classe são stateless? Então porque salvar o estado de uma classe inteira, se você pode salvar somente o estado de um widget stateful? Get resolve isso também. Crie uma classe Stateless, faça tudo stateless. Se você precisar atualizar um único componente, envolva ele com o GetBuilder, e seu estado será mantido.

  4. Organize seu projeto de verdade! Controllers não devem ficar na sua UI, coloque seus TextEditController, ou qualquer controller que você usa dentro da classe Controller.

  5. Você precisa acionar um evento para atualizar um widget assim que ele é renderizado? GetBuilder tem a propriedade initState() assim como um StatefulWidget, e você pode acionar eventos a partir do seu controller, diretamente de lá. Sem mais de eventos serem colocados no initState.

  6. Você precisa acionar uma ação como fechar Streams, timers, etc? GetBuilder também tem a propriedade dispose(), onde você pode acionar eventos assim que o widget é destruído.

  7. Use Streams somente se necessário. Você pode usar seus StreamControllers dentro do seu controller normalmente, e usar StreamBuilder normalmente também, mas lembre-se, um Stream consume uma memória razoável, programação reativa é linda, mas você não abuse. 30 Streams abertos simultaneamente podem ser ainda piores que o ChangeNotifier (e olha que o ChangeNotifier é bem ruim)

  8. Atualizar widgets sem gastar memória com isso. Get guarda somente a "ID do criador" do GetBuilder, e atualiza esse GetBuilder quando necessário. O consumo de memória do ID do GetBuilder é muito baixo mesmo para milhares de GetBuilders. Quando você cria um novo GetBuilder, na verdade você está compartilhando o estado do GetBuilder quem tem um ID do creator. Um novo estado não é criado para cada GetBuilder, o que reduz MUITO o consumo de memória RAM em aplicações grandes. Basicamente sua aplicação vai ser toda stateless, e os poucos widgets que serão Stateful (dentro do GetBuilder) vão ter um estado único, e assim atualizar um deles vai atualizar todos eles. O estado é um só.

  9. Get é onisciente e na maioria dos casos sabe o momento exato de tirar um controller da memória. Você não precisa se preocupar com quando descartar o controller, Get sabe o melhor momento para fazer isso.

Vamos analisar o seguite exemplo:

Class A => Class B (ControllerX) => Class C (ControllerX)

  • Na classe A o controller não está ainda na memória, porque você ainda não o usou (Get carrega só quando precisa).

  • Na classe B você usou o controller, e ele entrou na memória.

  • Na classe C você usou o mesmo controller da classe B, então o Get vai compartilhar o estado do controller B com o controller C, e o mesmo controller ainda estará na memória.

  • Se você fechar a classe C e classe B, Get vai tirar o controller X da memória automaticamente e liberar recursos, porque a classe A não está usando o controller.

  • Se você navegar para a Classe B denovo, o controller X vai entrar na memória denovo.

  • Se em vez de ir para a classe C você voltar para a classe A, Get vai tirar o controller da memória do mesmo jeito.

  • Se a classe C não usar o controller, e você tirar a classe B da memória, nenhuma classe estaria usando o controller X, e novamente o controller seria descartado.

Nota: A única exceção que pode atrapalhar o Get, é se Você remover classe B da rota de forma inesperada, e tentasse usar o controller na classe C. Nesse caso, o ID do creator do controller que estava em B seria deletado, e o Get foi programado para remover da memória todo controller que não tem nenhum ID de creator. Se é sua intenção fazer isso, adicione a config autoRemove: false no GetBuilder da classe B, e use adoptID = true; no GetBuilder da classe C.

Uso do gerenciador de estado simples

// Crie a classe Controller e entenda ela do GetController
class Controller extends GetController {
  int counter = 0;
  void increment() {
    counter++;
    update(); // use update() para atualizar a variável counter na UI quando increment for chamado
  }
}
// Na sua classe Stateless/Stateful, use o GetBuilder para atualizar o texto quando a função increment for chamada
GetBuilder<Controller>(
  init: Controller(), // INICIE O CONTROLLER SOMENTE NA PRIMEIRA VEZ
  builder: (controller) => Text(
    '${controller.counter}',
  ),
),
// Inicialize seu controller somente uma vez. Na segunda vez que você for usar  GetBuilder para o mesmo controller, não Inicialize denovo. Seu controller será automaticamente removido da memória. Você não precisa se preocupar com isso, Get vai fazer isso automaticamente, apenas tenha certeza que você não vai inicializar o mesmo controller duas vezes.

Feito!

Você já aprendeu como gerenciar estados com o Get.

Nota: Você talvez queira uma maior organização, e não querer usar a propriedade init. Para isso, você pode criar uma classe e extendê-la da classe Bindings, e nela mencionar os controllers que serão criados dentro daquela rota. Controllers não serão criados naquele momento exato, muito pelo contrário, isso é apenas uma declaração, para que na primeira vez que vc use um Controller, Get vai saber onde procurar. Get vai continuar no formato "lazyLoad" (carrega somente quando necessário) e vai continuar descartando os Controllers quando eles não forem mais necessários. Veja pub.dev example para ver como funciona.

Se você navegar por várias rotas e precisa de algum dado que estava em um outro controller previamente utilizado, você só precisa utilizar o GetBuilder novamente (sem o init):

class OutraClasse extends StatelessWidget {
  @override
  Widget build(BuildContext context) {
    return Scaffold(
      body: Center(
        child: GetBuilder<Controller>(
          builder: (s) => Text('${s.counter}'),
        ),
      ),
    );
  }
}

Se você precisa utilizar seu controller em vários outros lugares, e fora do GetBuilder, apenas crie um getter no seu controller que você consegue ele facilmente (ou use Get.find<Controller>() )

class Controller extends GetController {

  /// Você não precisa disso. Eu recomendo usar isso apenas
  /// porque a sintaxe é mais fácil.
  /// com o método estático: Controller.to.increment();
  /// sem o método estático: Get.find<Controller>().increment();
  /// Não há diferença em performance, nem efeito colateral por usar esse sintaxe. Só uma não precisa da tipage, e a outra forma a IDE vai autocompletar.
  static Controller get to => Get.find(); // adicione esta linha

  int counter = 0;
  void increment() {
    counter++;
    update();
  }
}

E então você pode acessar seu controller diretamente, desse jeito:

FloatingActionButton(
  onPressed:(){
    Controller.to.increment(),
  } // Isso é incrivelmente simples!
  child: Text("${Controller.to.counter}"),
),

Quando você pressionar o FloatingActionButton, todos os widgets que estão escutando a variável counter serão atualizados automaticamente.

Sem StatefulWidget

Usar StatefulWidget's significa guardar o estado de telas inteiras desnecessariamente, mesmo porque se você precisa recarregar minimamente algum widget, você vai incorporá-lo num Consumer/Observer/BlocProvider/GetBuilder/GetX/Obx, que vai ser outro StatefulWidget. A classe StatefulWidget é maior que a classe StatelessWidget, o que vai alocar mais memória, e isso pode não fazer uma diferença significativa com uma ou duas classes, mas com certeza fará quando você tiver 100 delas!

A não ser que você precise usar um mixin, como o TickerProviderStateMixin, será totalmente desnecessário usar um StatefulWidget com o Get.

Você pode chamar todos os métodos de um StatefulWidget diretamente de um GetBuilder. Se você precisa chamar o método initState() ou dispose() por exemplo, é possível chamá-los diretamente:

GetBuilder<Controller>(
  initState: (_) => Controller.to.fetchApi(),
  dispose: (_) => Controller.to.closeStreams(),
  builder: (s) => Text('${s.username}'),
),

Uma abordagem muito melhor que isso é usar os métodos onInit() e onClose() diretamente do seu controller.

@override
void onInit() {
  fetchApi();
  super.onInit();
}
  • Nota: Se você quiser executar um método no momento que o controller é chamado pela primeira vez, você NÃO precisa usar construtores para isso, na verdade, usando um package que é focado em performance como o Get, isso chega no limite de má prática, porque se desvia da lógica de que os controllers são criados ou alocados (Se você criar uma instância desse controller, o construtor vai ser chamado imediatamente, e ele será populado antes de ser usado, ou seja, você está alocando memória e não está utilizando, o que fere os princípios desse package). Os métodos onInit() e onClose() foram criados para isso, eles serão chamados quando o controller é criado, ou usados pela primeira vez, dependendo de como você está utilizando o Get (lazyPut ou não). Se quiser, por exemplo, fazer uma chamada para sua API para popular dados, você pode esquecer do estilo antigo de usar initState()/dispose(), apenas comece sua chamada para a api no onInit, e apenas se você precisar executar algum comando como fechar stream, use o onClose().

O propósito desse package é precisamente te dar uma solução completa para navegação de rotas, gerenciamente de dependências e estados, usando o mínimo possível de dependências, com um alto grau de desacoplamento. Get envolve em todas as APIs de baixo e alto nível dentro de si mesmo, para ter certeza que você irá trabalhar com o mínimo possível de acoplamento.

Nós centralizamos tudo em um único package. Dessa forma, você pode colocar somente widgets na sua view, e o controller pode ter só lógica de negócio, sem depender de nenhum elemento da View. Isso fornece um ambiente de trabalho muito mais limpo, para que parte do seu time possa trabalhar apenas com os widgets, sem se preocupar sobre enviar dados para o controller, e outra parte se preocupe apenas com a lógica de negócio, sem depender de nenhum elemento da view.

Então, para simplificar isso:

Você não precisa chamar métodos no initState() e enviá-los para seu controller via parâmetros, nem precisa do construtor do controller pra isso, você possui o método onInit() que é chamado no momento certo para você inicializar seus services.

Você não precisa chamar o método dispose(), você tem o método onClose() que vai ser chamado no momento exato quando seu controller não for mais necessário e será removido da memória. Dessa forma, você pode deixar a view somente para os widgets, e o controller só para as regras de negócio.

Não chame o método dispose() dentro do GetController, não vai fazer nada. Lembre-se que o controller não é um widget, você não deveria usar o dispose lá, e esse método será automaticamente e inteligentemente removido da memória pelo Get. Se você usou algum stream no controller e quer fechá-lo, apenas insira o método para fechar os stream dentro do método onClose().

Exemplo:

class Controller extends GetController {
  var user = StreamController<User>();
  var name = StreamController<String>();

  /// fechar stream = método onClose(), não dispose().
  @override
  void onClose() {
    user.close();
    name.close();
    super.onClose();
  }
}

Ciclo de vida do controller:

  • onInit(): Onde ele é criado.
  • onClose(): Onde ele é fechado para fazer mudanças em preparação para o método delete()
  • deleted: Você não tem acesso a essa API porque ela está literalmente removendo o controller da memória. Está literalmente deletado, sem deixar rastros.
Formas de uso

Você pode usar uma instância do Controller diretamente no value do GetBuilder

GetBuilder<Controller>(  
  init: Controller(),
  builder: (value) => Text(
    '${value.counter}', //aqui
  )
),

Você talvez também precise de uma instância do seu controller fora do GetBuilder, e você pode usar essas abordagens para conseguir isso:

essa:

class Controller extends GetController {
  static Controller get to => Get.find(); // criando um getter estático
  [...]
}
// Na sua view/tela
GetBuilder<Controller>(
  init: Controller(), // use somente uma vez por controller, não se esqueça
  builder: (_) => Text(
    '${Controller.to.counter}', //aqui
  )
),

ou essa:

class Controller extends GetController {
 // sem nenhum método estático
[...]
}
// Numa classe stateful/stateless
GetBuilder<Controller>(
  init: Controller(), // use somente uma vez por controller, não se esqueça
  builder: (_) => Text(
    '${Get.find<Controller>().counter}', //aqui
  )
),
  • Você pode usar outras abordagens "menos regulares". Se você está utilizando outro gerenciador de dependências, como o get_it, modular, etc., e só quer entregar a instância do controller, pode fazer isso:
Controller controller = Controller();
[...]
GetBuilder<Controller>(
  init: controller, //aqui
  builder: (_) => Text(
    '${controller.counter}', // aqui
  )
),

Essa abordagem não é recomendada, uma vez que você vai precisar descartar os controllers manualmente, fechar seus stream manualmente, e literalmente abandonar um dos grandes benefícios desse package, que é controle de memória inteligente. Mas se você confia no seu potencial, vai em frente!

Se você quiser refinar o controle de atualização de widgets do GetBuilder, você pode assinalar a ele IDs únicas

GetBuilder<Controller>(
  id: 'text'
  init: Controller(), // use somente uma vez por controller, não se esqueça
  builder: (_) => Text(
    '${Get.find<Controller>().counter}', //aqui
  )
),

E atualizá-los dessa forma:

update(['text']);

Você também pode impor condições para o update acontecer:

update(['text'], counter < 10);

GetX faz isso automaticamente e somente reconstrói o widget que usa a exata variável que foi alterada. Se você alterar o valor da variável para o mesmo valor que ela era anteriormente e isso não sugira uma mudança de estado, GetX não vai reconstruir esse widget, economizando memória e ciclos de CPU (Ex: 3 está sendo mostrado na tela, e você muda a variável para ter o valor 3 denovo. Na maioria dos gerenciadores de estado, isso vai causar uma reconstrução do widget, mas com o GetX o widget só vai reconstruir se de fato o estado mudou).

GetBuilder é focado precisamente em múltiplos controles de estados. Imagine que você adicionou 30 produtos ao carrinho, você clica pra deletar um deles, e ao mesmo tempos a lista é atualizada, o preço é atualizado e o pequeno círculo mostrando a quantidade de produtos é atualizado. Esse tipo de abordagem faz o GetBuilder excelente, porque ele agupa estados e muda todos eles de uma vez sem nenhuma "lógica computacional" pra isso. GetBuilder foi criado com esse tipo de situação em mente, já que pra mudanças de estados simples, você pode simplesmente usar o setState(), e você não vai precisar de um gerenciador de estado para isso. Porém, há situações onde você quer somente que o widget onde uma certa variável mudou seja reconstruído, e isso é o que o GetX faz com uma maestria nunca vista antes.

Dessa forma, se você quiser controlar individualmente, você pode assinalar ID's para isso, ou usar GetX. Isso é com você, apenas lembre-se que quando mais "widgets individuais" você tiver, mais a performance do GetX vai se sobressair. Mas o GetBuilder vai ser superior quando há multiplas mudanças de estado.

Você pode usar os dois em qualquer situação, mas se quiser refinar a aplicação para a melhor performance possível, eu diria isso: se as suas variáveis são alteradas em momentos diferentes, use GetX, porque não tem competição para isso quando o widget é para reconstruir somente o que é necessário. Se você não precisa de IDs únicas, porque todas as suas variáveis serão alteradas quando você fazer uma ação, use GetBuilder, porque é um atualizador de estado em blocos simples, feito com apenas algumas linhas de código, para fazer justamente o que ele promete fazer: atualizar estado em blocos. Não há forma de comparar RAM, CPU, etc de um gerenciador de estado gigante com um simples StatefulWidget (como GetBuilder) que é atualizado quando você chama update(). Foi feito de uma forma simples, para ter o mínimo de lógica computacional, somente para cumprir um único papel e gastar o mínimo de recursos possível. Se você quer um gerenciador de estados poderoso, você pode ir sem medo para o GetX. Ele não funciona com variáveis, mas sim fluxos. Tudo está em seus streams por baixo dos panos. Você pode usar rxDart em conjunto com ele, porque tudo é um stream, você pode ouvir o evento de cada "variável", porque tudo é um stream, é literalmente BLoc, só que mais fácil que MobX e sem code generators ou decorations.

Reactive State Manager

Se você quer poder, Get té dá o mais avançado gerenciador de estado que você pode ter. GetX foi construído 100% baseado em Stream, e te dá todo o poder de fogo que o BLoc te dá, com uma sintaxe mais fácil que a do MobX. Sem decorations, você poder tornar qualquer coisa em um Observable com somete um .obs

Performance máxima: Somando ao fato de ter um algoritmo inteligente para reconstrução mínima, Get usa comparadores para ter certeza que o estado mudou. Se você encontrar erros na sua aplicação, e enviar uma mudança de estado duplicada, Get vai ter certeza que sua aplicação não entre em colapso.

O estado só muda se o valor mudar. Essa é a principal diferença entre Get, e usar o Computed do MobX. Quando juntar dois observables, se um deles é alterado, a escuta daquele observable vai mudar. Com Get, se você juntar duas variáveis (que na verdade é desnecessário), GetX(similar ao Observer) vai somente mudar se implicar numa mudança real de estado. Exemplo:

final count1 = 0.obs;
final count2 = 0.obs;
int get sum => count1.value + count2.value;
GetX<Controller>(
  builder: (_) {
    print("count 1 foi reconstruído");
    return Text('${_.count1.value}');
  },
),
GetX<Controller>(
  builder: (_) {
    print("count 2 foi reconstruído");
    return Text('${_.count2.value}');
  },
),
GetX<Controller>(
  builder: (_) {
    print("sum foi reconstruído");
    return Text('${_.sum}');
  },
),

Se nós incrementarmos o número do count1, somente count1 e sum serão reconstruídos, porque count1 agora tem um valor de 1, e 1 + 0 = 1, alterando o valor do sum.

Se nós mudarmos count2, somente count2 e sum serão reconstruídos, porque o valor do 2 mudou, e o resultado da variável sum é agora 2.

Se definirmos o valor de count1 para 1, nenhum widget será reconstruído, porque o valor já era 1.

Se definirmos o valor de count1 para 1 denovo, e definirmos o valor de count2 para 2, então somente o count2e o sum vão ser reconstruídos, simplesmente porque o GetX não somente altera o que for necessário, ele também evita eventos duplicados.

Somando a isso, Get provê um controle de estado refinado. Você pode adicionar uma condição a um evento (como adicionar um objeto a uma lista).

list.addIf(item < limit, item);

Sem decorations, sem code generator, sem complicações, GetX vai mudar a forma que você controla seus estados no Flutter, e isso não é uma promessa, isso é uma certeza!

Sabe o app de contador do Flutter? Sua classe Controller pode ficar assim:

class CountController extends RxController {
  final count = 0.obs;
}

E com um simples:

controller.count.value++

Você pode atualizar a variável counter na sua UI, independente de onde esteja sendo armazenada.

Você pode transformar qualquer coisa em obs:

class RxUsuario {
  final nome = "Camila".obs;
  final idade = 18.obs;
}

class Usuario {
  Usuario({String nome, int idade});
  final rx = RxUsuario();

  String get nome => rx.nome.value;
  set nome(String value) => rx.nome.value = value;

  int get idade => rx.idade.value;
  set idade(int value) => rx.idade.value = value;
}
void main() {
  final usuario = Usuario();
  print(usuario.nome);
  usuario.idade = 23;
  usuario.rx.idade.listen((int idade) => print(idade));
  usuario.idade = 24;
  usuario.idade = 25;
}
___________
saída:
Camila
23
24
25

Trabalhar com Lists usando Get é algo muito agradável. Elas são completamente observáveis assim como os objetos dentro dela. Dessa forma, se você adicionar uma valor a lista, ela vai automaticamente reconstruir os widgets que a usam.

Você também não precisa usar .value com listas, a api dart nos permitiu remover isso. Infelizmente tipos primitivos como String e int não podem ser extendidos, fazend o uso de .value obrigatório, mas isso não será um problema se você usar getters e setters para esses.

final list = List<Usuario>().obs;

ListView.builder (
itemCount: list.length
)

Você não precisa trabalhar com sets se não quiser. Você pode usar as APIs assign e assignAll

A api assign vai limpar sua lista e adicionar um único objeto que você quer.

A api assignAll vai limpar sua lista e vai adicionar objetos Iterable que você precisa.

Nós poderíamos remover a obrigação de usar o value em String e int com uma simples decoration e code generator, mas o propósito desse package é precisamente não precisar de nenhuma dependência externa. É para oferecer um ambiente pronto para programar, envolvendo os essenciais (gerenciamento de rotas, dependências e estados), numa forma simples, leve e performática sem precisar de packages externos. Você pode literalmente adicionar 3 letras e um ':' no seu pubspec.yaml e começar a programar. Todas as soluções incluídas por padrão, miram em facilidade, produtividade e performance.

O peso total desse package é menor que o de um único gerenciador de estado, mesmo sendo uma solução completa, e isso é o que você precisa entender.

Se você está incomodado com o .value, e gosta de code generator, MobX é uma excelente alternativa, e você pode usá-lo em conjunto com o Get. Para aqueles que querem adicionar uma única dependência no pubspec.yaml e começar a programar sem se preocupar sobre a versão de um package sendo incompatível com outra, ou se o erro de uma atualização do estado está vindo do gerenciador de estado ou da dependência, ou ainda, não quer se preocupar com a disponibilidade de controllers, prefere literalmente "só programar", Get é perfeito.

Agora se você não tem problemas com o code generator do MobX, ou não vê problema no boilerplate do BLoc, você pode simplesmente usar o Get para rotas, e esquecer que nele existe um gerenciador de estado. Get nasceu da necessidade, minha empresa tinha um projeto com mais de 90 controllers e o code generator simplesmente levava mais de 30 minutos para completar suas tarefas depois de um flutter clean numa máquina razoavelmente boa, se o seu projeto tem 5, 10, 15 controllers, qualquer gerenciador de estado vai ter satisfazer.

Se você tem um projeto absurdamente grande, e code generator é um problema para você, então você foi presenteado com essa solução que é o Get.

Obviamente, se alguém quiser contribuir para o projeto e criar um code generator, or algo similar, eu vou linkar no README como uma alternativa, minha necessidade não é a necessidade de todos os devs, mas por agora eu digo: há boas soluções que já fazem isso, como MobX.

Tipagem no Get usando Bindings é desnecessário. Você pode usar o widget Obx() em vez do GetX, e ele só recebe a função anônima que cria o widget.

GetX vs GetBuilder vs Obx vs MixinBuilder

Em uma década de trabalho com programação eu fui capaz de aprender umas lições valiosas.

Meu primeiro contato com programação reactiva foi tão "Nossa, isso é incrível" e de fato é incrível.

Porém, não é ideal para todas as situações. De vez em quando tudo que você precisa é mudar o estado de duas ou três variáveis ao mesmo tempo, ou uma mudança de estado diferente, que nesses casos a programação reativa não é ruim, mas não é apropriado.

Programação reativa tem um consumo de RAM maior que pode ser compensado pelo fluxo individual, que vai se encarregar que apenas o Widget necessário é reconstruído, mas criar uma lista com 80 objetos, cada um com vários streams não é uma boa ideia. Abra o dart inspect e cheque quando um StreamBuilder consome, e você vai entender o que eu estou tentando dizer a você.

Com isso em mente, eu criar o gerenciador de estados simples. É simples, e é exatamente o que você deve exigir dele: alterar vários estados em blocos de uma forma simples, e mais econômico possível.

GetBuilder economiza muito quando se trata de RAM, e dificilmente vai existir uma forma mais econômica de lidar com isso do que ele (pelo menos eu não consigo imaginar nenhum. Se existir, me avise).

Entretando, GetBuilder ainda é um gerenciador de estados "mecânico", você precisa chamar o update() assim como você faria com o notifyListeners() do Provider.

Há outras situações onde a programação reativa é muito interessante, e não trabalhar com ela é a mesma coisa que reinventar a roda. Com isso em mente, GetX foi criado para prover tudo que há de mais moder e avançado num gerenciado de estado. Ele atualiza somente o que é necessário quando for necessário. Se por exemplo você tiver um erro que mande 300 alterações de estado simultaneamente, GetX vai filtrar e alterar a tela somente se o estado mudar de verdade.

GetX ainda é mais econômico que qualquer outro gerenciador de estados reativo, mas consome um pouco mais de RAM do que o GetBuilder. Pensando nisso e mirando em minimizar o consumo de recursos que o Obx foi criado.

Ao contrário de GetX e GetBuilder, você não será capaz de inicializar o controller dentro do Obx, é só um Widget com um StreamSubscription que recebe eventos de mundança das childrens ou child, só isso. É mais econômico que o GetX, mas perde para o GetBuilder, que é nada mais que o esperado, já que é reativo. GetBuilder tem uma das formas mais simplística que existe, de guardar o hashcode de um Widget e seu StateSetter. Com Obs você não precisa escrever seu tipo de controller, e você pode ouvir mudanças de múltiplos controllers diferentes, mas eles precisam ser inicializados antes, tanto usando o forma demonstrada no exemplo no início desse README, ou usando a classe Bindings

Concluindo, uma pessoa abriu um pedido para uma feature nova, como ele queria usar somente um tipo de variável reativa, e precisava inserir um Obx junto do GetBuilder para isso. Pensando nisso, MixinBuilder foi criado. Ele permite as duas formas de alterar estados: usando variáveis com .obs, ou a forma mecânica via update()

Porém, desses 4 widgets, esse é o que consome mais recursos, já que usa os dois gerenciadores de estado combinados.

  • Nota: Para usar GetBuilder e MixinBuilder você precisa usar GetController. Para usar GetX ou Obx você precisa usar RxController.

Workers

Workers vai te dar suporte, ativando callbacks específicos quando um evento ocorrer.

/// Chamada toda vez que a variável for alterada
ever(count1, (value) => print("novo valor: $value"));

/// Chamada apenas na primeira vez que a variável for alterada
once(count1, (value) => print("novo valor: $value (não vai mudar mais)"));

/// Anti DDos - Chamada toda vez que o usuário parar de digitar por 1 segundo, por exemplo.
debounce(count1, (value) => print("debouce $value"), time: Duration(seconds: 1));

/// Ignore todas as mudanças num período de 1 segundo.
interval(count1, (value) => print("interval $value"), time: Duration(seconds: 1));
  • ever é chamado toda vez que a variável mudar de valor. É só isso.

  • once é chamado somente na primeira vez que a variável mudar de valor.

  • debounce É muito útil em funções de pesquisa, onde você somente quer que a API seja chamada depois que o usuário terminar de digitar. Normalmente, se o usuário digitar "Jonny", será feita 5 requests na sua API, pelas letras 'J', 'o', 'n', 'n' e 'y'. Com o debounce isso não acontece, porque você tem a sua disposição uma função que só fazer a pesquisa na api quando o usuário parar de digitar. O debounce é bom para táticas anti-DDos, para funções de pesquisa em que cada letra digitada ativaria um request na API. Debounce vai esperar o usário parar de digitar o nome, para então fazer o request para API.

  • interval Quando se usa debounce , se o usuário fizer 1000 mudanças numa variável em 1 segundo, o debounce só computa a última mudança feita após a inatividade por um tempo estipulado (o padrão é 800 milisegundos). interval por outro lado vai ignorar todas as ações do usuário pelo período estipulado. Se o interval for de 1 segundo, então ele só conseguirá enviar 60 eventos por segundo. Se for 3 segundos de prazo, então o interval vai enviar 20 eventos por minuto (diferente do debounce que só enviaria o evento depois que o prazo estipulado acabar). Isso é recomendado para evitar abuso em funções que o usuário pode clicar rapidamente em algo para ter uma vantagem. Para exemplificar, imagine que o usuário pode ganhar moedas clicando num botão. Se ele clicar 300 vezes no botão em um minuto, ele vai ganhar 300 moedas. Usando o interval, você pode definir um prazo de 1 segundo por exemplo, e mesmo se ele clicasse 300 vezes em um minuto, ele ganharia apenas 60 moedas. Se fosse usado o debounce, o usuário ganharia apenas 1 moeda, porque só é executado quando o usuário para de clicar por um prazo estabelecido.

  • NOTA: Workers devem ser utilizados sempre na inicialização de um Controller ou Classe, dessa forma, ele deve estar sempre no onInit (recomendado), no Construtor de classe, ou no initState de um StatefulWidget (essa prática não é recomendada na maioria dos casos, mas não deve trazer efeitos colaterais).