A ideia da Magic Formula é ser uma ferramenta capaz de encontrar empresas baratas e de qualidade. A formula usa apenas dois indicadores fundamentalistas para selecionar ações.
EV (enterprise value) é o valor da firma. Se você gosta de saber de onde as coisas vêm, veja alguns cálculos úteis:
- valor da firma = valor de mercado + dívida líquida
- valor de mercado = número de ações × preço da ação
- dívida líquida = dívida bruta – disponibilidades de caixa
No denominador do indicador temos o EBIT (earnings before interest and taxes, ou lucro antes de juros e impostos). Trata-se do lucro gerado pela atividade do negócio, sem considerar juros sobre empréstimos e financiamentos nem os impostos. Quando dividimos o EV pelo EBIT, temos um retrato do mercado, já que o EV considera a cotação, certo? Isso significa que estamos comparando o que o mercado está dizendo sobre a ação com o que a empresa de fato “vale”. Estamos comparando o preço da companhia frente à sua capacidade de gerar caixa. Assim, quanto menor o EV/EBIT, mais barata estaria a ação.
Se refere a return on invested capital, ou retorno sobre o capital investido. Quanto maior o ROIC, mais retorno a empresa gera para cada real investido, seja pelos acionistas, seja por meio de dívidas, que correspondem ao capital de terceiros. Na fórmula mágica, o que interessa para nós são as empresas com o menor EV/EBIT possível, mas também com o maior ROIC possível — ou seja, aquelas que geram retorno para os acionistas e estão supostamente “baratas”.
- Volume de Negociação: Acima de R$ 200.000,00
- Dividend Yield: Acima de 0.01%
Se faz uma lista para os dois indicadores, atribuindo uma nota crescente conforme o valor do indicador. Assim, a empresa com o menor EV/EBIT recebe a nota 1, a segunda recebe nota 2 e assim por diante. A mesma coisa é feita para o ROIC: Se faz uma lista (com as mesmas empresas) onde aquela com ROIC maior recebe nota 1 e assim sucessivamente. Em seguida, se faz um terceiro ranking, com as notas SOMADAS dos dois indicadores, dispondo aquelas com MENORES notas na frente (pois representam as “melhores” empresas pela combinação dos dois indicadores).
Concluindo-se, neste terceiro e último ranking (que é o ranking combinado dos dois indicadores), uma nota baixa representa uma empresa “melhor”. Por isso, elas devem ser dispostas pela nota em ordem crescente.
- André Massaro - APIMEC | CNPI-P | Blog do André Massaro
- Bruno Carli - Software Engineer | Machine Learning Engineer | Discord: LUCI Irish Pub