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Documentação criada visando a padronização de commits, através do versionamento semãntico e a automatizaçao das versões dos repositórios.

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WanderDinizVeloso/conventional-commit-and-auto-version

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Automatização de versão e versionamento semântico dos repositórios

Documentação criada visando a padronização de commits, através do versionamento semãntico e a automatizaçao das versões dos repositórios.


Sumário


Entendendo o versionamento semântico

O versionamento semântico aborda um conjunto simples de regras e requisitos que determinam como os números da versão são atribuídos e por sua vez, incrementados.

Dados um número de versão X.Y.Z, deve-se incrementá-las seguindo as seguintes regras:

  • X ou MAJOR: quando você realizar alterações incompatíveis da API;
  • Y ou MINOR: quando você adicionar funcionalidades compatíveis com versões anteriores;
  • Z ou PATCH: quando você corrigir erros compatíveis com versões anteriores.

Exemplo: version "1.8.2": X ou MAJOR: 1 Y ou MINOR: 8 Z ou PATCH: 2


Padronização dos commits

A Padronização dos commits visa:

  • Evitar commits muito vagos que não se explica a alteração;
  • Comunica a mudança feita na aplicação para as pessoas da equipe, e para qualquer outra pessoa interessada com objetividade e assertividade;
  • Descreve o motivo da alteração ou correção do código;
  • Facilita a contribuição de outras pessoas ao projeto.
  • Facilita o versionamento semântico e criação de CHANGELOG.

Para a automatização de versão utilizaremos a especificação Conventional Commits, onde é estruturada da seguinte maneira:

<tipo>[escopo opcional]: <descrição>

[corpo opcional]

[rodapé(s) opcional(is)]

Os ¨tipos" serão descritos mais a frente.

O "escopo" é a funcionalidade ou contexto da aplicação.

A "descrição" deve ser uma descrição sucinta da mudança.

O "corpo" é a descrição do que foi feito detalhadamente.

O "rodapé" é usado para links de referência como issues do gitHub, tikets do Jira, etc.

Tipos dos Commits, pela Conventional Commits:

  • chore: Atualização de tarefas que não ocasionam alteração no código de produção, mas mudanças de ferramentas, mudanças de configuração e bibliotecas.
  • feat: São adições de novas funcionalidades ou de quaisquer outras novas implantações ao código.
  • fix: Essencialmente definem o tratamento de correções de bugs.
  • refactor: Utilizado em quaisquer mudanças que sejam executados no código, porém não alterem a funcionalidade final da tarefa impactada.
  • docs: Inclusão ou alteração somente de arquivos de documentação.
  • perf: Uma alteração de código que melhora o desempenho.
  • style: Alterações referentes a formatações na apresentação do código que não afetam o significado do código, como por exemplo: espaço em branco, formatação, ponto e vírgula ausente etc.
  • test: Adicionando testes ausentes ou corrigindo testes existentes nos processos de testes automatizados (TDD).
  • build: Alterações que afetam o sistema de construção ou dependências externas (escopos de exemplo: gulp, broccoli, npm).
  • ci: Mudanças em nossos arquivos e scripts de configuração de CI (exemplo de escopos: Travis, Circle, BrowserStack, SauceLabs).
  • env: Utilizado na descrição de modificações ou adições em arquivos de configuração em processos e métodos de integração contínua (CI), como parâmetros em arquivos de configuração de containers.
  • BREAKING CHANGE: um commit que indica que aquela alteração, muda a compatibilidade da versão do repositório e é representado pela na mensagem com "!" depois do type ou scope (ex. = "feat!: commit content").

Exemplos:

  • chore: add commitlint e husky
  • chore(eslint): obrigar o uso de aspas duplas no jsx
  • refactor: refatorando a tipagem
  • feat: add axios / buscando e tratando os dados
  • feat(page/home): criando o roteamentento no next

Ferramentas utilizadas

Commitlint

Pacote que visa verificar se a mensagem de commit que escrevemos realmente está dentro dos padrões pré definidos.

Instalação

# INSTALANDO O COMMITLINT
   npm i -D @commitlint/{cli,config-conventional}

# CRIANDO O COMMITLINT.CONFIG.JS
   echo "module.exports = { extends: ['@commitlint/config-conventional'] };" > commitlint.config.js

Mais detalhes, na documentação: commitlint


Husky

O Husky executa ações que disparão em determinados momentos. No nosso caso, vamos criar um gancho para ser disparado antes da criação de um commit.

Instalação

# INSTALANDO HUSKY e ATIVANDO OS HOOKS
   npx husky-init && npm install
   ## OPCIONAL: por padrao, o husky habilita o test no precommit. Caso nao queira, é necessário excluir o arquivo './husky/precommit'
   
# ADICIONANDO A AÇÃO DO COMMITLINT NO HUSKY
   npx husky add .husky/commit-msg 'npx --no -- commitlint --edit "$1"'

Mais detalhes, na documentação: Husky


Semantic-release

O Semantic-release é responsável por toda a automatização, incluindo:

  • o cálculo nova versao do repositório;
  • gera/atualiza o arquivo CHANGELOG;
  • cria as releases no github (caso utilize)
  • publica as alterações.

Ele é totalmente configurável, podendo determinar:

  • Em qual configuração de padronização de commit será utilizada, como por exemplo: "Conventional Commits" ou "Angular";
  • Em que momento será iniciada a mudança da versão, como por exemplo, ao mergear as alterações na "Master"/"Main";
  • Entre outras configurações.

Instalação e configuração para atender ao Conventional Commit

# INSTALANDO O SEMANTIC-RELEASE
 npm i -D semantic-release
 
# INSTALANDO AS DEPENDÊNCIAS AUXILIARES
 npm i -D @semantic-release/changelog @semantic-release/git conventional-changelog-conventionalcommits

Crie o arquivo ".releaserc" na raiz do repositório e configure, como no exemplo abaixo:

{
  "branches": ["main"],
  "baseBranch": "main",
  "tagFormat": "${version}",
  "preset": "conventionalcommits",
  "plugins": [
    "@semantic-release/commit-analyzer",
    "@semantic-release/release-notes-generator",
    "@semantic-release/changelog",
    "@semantic-release/npm",
    "@semantic-release/github",
    "@semantic-release/git"
  ]
}

Para a nossa configuração, não publicaremos no NPM. Assim, é necessário adicionar a seguinte configuração no "package.json" do repositório:

  "private": true,

Obs.: Caso deseje que o Semantic-release publique automaticamente no NPM, acesse a documentação, para efetuar a configuração necessária. semantic-release/npm

Configuração do Semantic-release no Github Actions

No repositório, caso não exista, crie o arquivo "release.yml" em .github/workflows

Configure o arquivo "release.yml", como no exemplo abaixo:

name: Release

on:
 push:
   branches:
     - main

jobs:
 release:
   runs-on: "ubuntu-latest"
   env:
     GH_TOKEN: ${{ secrets.GH_TOKEN }}
   steps:
     - uses: actions/checkout@v3
       with:
         fetch-depth: 0
         persist-credentials: false

     - uses: actions/setup-node@v3
       with:
         node-version: 18

     - name: Install Deps
       run: npm i -D @semantic-release/changelog @semantic-release/git conventional-changelog-conventionalcommits semantic-release

     - name: Semantic Release
       run: npx semantic-release --ci

Configurações necessárias no github

Para que o Semantic-release seja acionado no momento do merge das alterações do repositório, é necessário gerar um personal access token e configurá-la em seu repositório, com os seguintes passos:

  • Acesse sua conta do github e vá em settings > developer settings > personal access token
  • Crie um novo token em "Generate new token"
  • Escolha o nome do token em "Note", o tempo de expiração em "Expiration", selecione o escopo "workflow" em "Select scopes" e clique no botão "Generate token".
  • Copie o token gerado.
  • No repositório que receberá a configuração, vá em settings > Secrets > Actions
  • Crie um segredo em "New repository secret"
  • Coloque "GH_TOKEN" em "Name¨, cole o token gerado no campo "Value" e clique no botão "Add secret"

Pronto! Agora é só efetuar suas implementações no repositório e ao efetuar o merge do PR para a ¨Master"/"Main" o Semantic-release fará sua "mágica"!

Mais detalhes, na documentação: Semantic-release

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