Como parte da comunidade LGBT, é muito comum ver arquétipos seguidos pela média no que toca a representatividade de personagens: a invisibilidade, o final trágico, ou a maldade. Existe um fenômeno conhecido como "queer coding", em que características/esteriótipos gays são adicionados à personagens, podendo ou não ter a orientação sexual/identidade de gênero 100% confirmada. É claro que, para fins deste estudo, trabalhamos apenas com vilões que são canônicamente (declarados em algum ponto de suas histórias) parte da comunidade, então existe um campo inexplorado de personagens que são tidos como heterossexuais que caem dentro do queer coding.
Outro ângulo também explorado foi um arquétipo conhecido como "kill your gays", muito visto em filmes (de romance ou coming of age) com personagens gays. Apesar de muito sofrer e lutar, no final, um dos gays tem alguma doença/sofre acidente e morre. Esse tipo de "representatividade" é particularmente nociva, porque tira a perspectiva de muitos jovens LGBT de terem vidas mais longas/seguirem seus sonhos e, em diversos filmes inclusive, a morte vem da AIDS, atribuida (de forma errônea) a um mal que apenas afeta homens gays, por exemplo. É importante haver a desconstrução de que pessoas LGBT não apenas não podem ter um final feliz, mas são obrigadas a pagar com sua vida no final de tudo.
